quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A separação dos pais

Antes de falarmos da separação em si, precisamos pensar no casal.
Há vários tipos de casais. Os casados, os que se juntaram e os que namoram. Em todos esses casos, os filhos podem ser do casal (não entrarei no mérito biológico ou adotivo) como também pode haver o caso de filhos de um dos parceiros.
E como tudo na vida, esse casal pode se separar.
Há quem ache, em tempos atuais, (e não entrarei no mérito: religião) que casal mesmo é aquele que fica junto para sempre. Essa imposição da sociedade causa dúvidas no relacionamento. Há quem se importe com essa premissa e viva constantemente na dúvida de se separar ou não. E ainda, há casais que acham que mesmo o relacionamento gerando desgaste tem-se que "aguentar" por causa dos filhos. E essa é a parte que me interessa.
Às vezes, é mais interessante para os filhos, quando os pais se separam. Apesar de, sentirem o sofrimento da separação, por fim poderão curtir os pais integralmente.
Sim. Pelo menos, estando separados, nos momentos em que o filho está com o pai, estará só com o pai e aproveitará o momento, assim como, com a mamãe.
É importante que os pais entendam que separar, apesar de ser um ato que muitas vezes causa sofrimento, (porque é preciso ver o peso emocional disso) é o contrário do que se pensa: ser a pior opção para os filhos.
E cabe aqui, detalhes sobre o que é a separação. Às vezes, ela é momentânea. Seria interessante (e não digo que seja fácil) que fosse compreendida como uma pausa, pois nem sempre é definitiva. Além de que, essa pausa pode reconstruir algo, pode fazer com que os que se separaram, voltem mais inteiros. Como o contrário também pode acontecer: perceberem que não é mais viável ficarem juntos.

Durante a separação, pode-se também usar a situação em favor e não contra. Nesse momento, pode-se explicar aos filhos que não é porque os pais não estão mais juntos que eles não precisam se ver. Eles podem também entender e ganhar conhecimento com isso de que os papais também têm problemas, também choram, também sofrem. Vale destacar que o problema é dos pais, não dos filhos. Ficar manipulando um contra o outro não é uma atitude inteligente e para os filhos é uma péssima ideia. Só causa angustia. Dizer que a mãe é isso, o pai aquilo, apenas os confundirá mais.
Outro ponto importante e saudável é que em vários casos, pode acontecer de os filhos de um dos parceiros se apegar ao que não é pai biológico ou desde pequeno. Isso merece respeito e deve ser levado em consideração. Não é porque o casal já não está mais junto, que o filho não pode mais conviver com aquele que considerava pai (ou mãe).
Outro ponto importante: não há família sem estrutura. Todas têm seu tipo de estrutura. O interessante é ir ajeitando essa estrutura. E ajeitar implica em construir, desconstruir e reconstruir quantas vezes, necessárias.
Há situações que precisam ser vividas. Não há como impedi-las. Há como tentar amenizar a dor, o sofrimento e dar um empurrãozinho para que aquilo seja passado da forma mais saudável possível.

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