Brinquei com o nome “regras”
no título da postagem. Na verdade, são certos protocolos invisíveis. Atitudes
que a maioria faz, mas nem todos falam.
Como disse em publicação
anterior (Bullying de ontem, hoje e
amanhã), a internet faz parte de nosso cotidiano e precisa ser incluída no
contexto da vida. Muitos têm perfil em alguma rede social, o que se tornou uma
espécie de vida virtual. E a grande maioria faz uso da internet, que...
Traz com ela, uma porção de
pontos positivos, mas apresenta também, um mar de possibilidades negativas. Entre
os pontos positivos: encontrar pessoas, empregos, informações, etc.
Apesar, de todos os impedimentos para que não se aja de má fé, qualquer um pode ser “quem” e “o que”
quiser na internet. Não há forma de controlar isso, a não ser investigando ou
denunciando. Mas, para isso é necessário que alguém pare, observe e investigue.
Num primeiro momento, você é o que “aparece” (no perfil, no chat, nos fóruns,
etc).
Agora falo por mim, (não há
nenhuma comprovação empírica, apenas minha observação) como as redes sociais
são vidas virtuais, lá se podem muitas coisas que fora (de lá) são mais
complicadas, vou citar algumas delas.
Saber da vida alheia:
Vejam, tempos atrás, e nada muito distante, para saber de um amigo, era preciso
ir à sua casa ou ligar e perguntar se ele estaria por lá. Corria-se o risco de
não ser atendido ou (a pessoa) não estar. Mas, havia interação. Eu falava,
perguntava, conversava. Hoje, clico na página dela (e, muitas vezes, não
precisa fazer parte de seus contatos) e sacio a fome de saber sobre ela.
O mundo dos “EXS”: Aquele ex-namorado (a), ex-marido (a),
ex-chefe, ex-vizinho (a), ex-alguma coisa é vigiado (a) como por um exímio
investigador, que nada mais é o dono do perfil na rede social. As relações
demoram mais a ter fim, porque aquilo que antes era chamado como término de
relação, que implicava em terminar algo com alguém e dificilmente voltar a
vê-lo (a) tão rápido, hoje é possível, com apenas um “click”. Não se desvencilha.
Continua-se falando, “cutucando”, observando, vigiando, etc. Sem contar nas regras
subentendidas: o (a) ex-alguma coisa adiciona a seus contatos todos os
familiares e amigos de seu ex-alguma coisa, menos o ex em si. Interessante,
não? É tão avançado, que se pode bloquear quem você não quer que saiba de sua
existência virtual.
Amigos (contatos): Possivelmente, em algum momento
receberá uma solicitação de amizade daquele “amigo” que você nunca vê, ou vê e
nem é tão amigo assim. Sem a internet, essas pessoas não seriam vistas, não
fariam parte de seu círculo de amizade e você talvez, nem ligaria para elas.
Mas, nas redes sociais é outra “regra” subentendida. Aceito o amigo, mesmo não
sendo bem-vindo em minha casa virtual. Mas, por quê? Uma das possibilidades que
me vem à cabeça: é desagradável mostrar para o mundo que você não aceitou o
fulano de tal. Mas, esse item tem seu lado positivo. É provável manter contato
com aquela pessoa que mora do outro lado do mundo e que antes, a comunicação
era feita à carta (quando se tinha algum endereço). Era preciso sentar,
imaginar o que você diria sobre você mesmo (porque hoje, ela não precisa que
você informe, apenas vê seu perfil), pensar o que perguntar sobre ela (porque
hoje você vê o perfil dela), escrever (e não digitar), ter o endereço de sua
casa, ir ao correio e por fim, enviar a carta.
Mostrar fotos: Para que pessoas de seu convívio vissem
seu álbum de fotografias da viagem de férias, precisaria da organização de um encontro.
Você levava seu álbum e as pessoas desfrutavam do momento. Podia-se também,
convidar os amigos para à sua casa, passar algum tempinho com você. Participar
de sua vida. Hoje, clico em um dos vários álbuns e conheço um pouco do que o
dono do perfil QUER QUE EU VEJA de suas fotos.
Indiretas, diretas e retas: Mais um universo de “regras” subentendidas.
Ficou sabendo que pessoas se desentenderam? Antes, usava-se o telefone ou de
forma mais atual, o email. Era preocupação. Hoje, se tem as notícias do dia, na
página de início, mas não com as do mundo, mas sim de meus “amigos”. E as
mensagens cheias de indiretas e diretas. O que acontece? Não falo de
determinado assunto ou não converso com beltrano porque talvez, “a patada” seja
comigo ou eu já tenha falado algo referente ao que ele esteja reclamando.
Pronto! Alastra-se a perseguição.
Enfim, temos muitos itens que
poderiam ser citados. Não quero passar a impressão de que não sou a favor da internet.
Faço uso também e caso contrário, não escreveria aqui. Acho que a internet e as
redes sociais são avanços que merecem admiração. Mas, seu uso deve ser
cauteloso e inteligente.
É a morada de pessoas saudáveis,
mas também de: pedofilia erótica, abusos de todos os tipos, golpes, criações de
perfis falsos, etc.
Vale um espaço aqui: buscar
informações na internet é comum hoje. E muitas delas são realmente
facilitadoras. Mas, sabendo o que se busca. Questões salutares, autodiagnóstico,
automedicação, não trarão benefícios. Pelo contrário! Só fará a angustia
aumentar e muitas vezes, com informações errôneas. É importante, sempre consultar
um profissional.
Compras: veja a procedência.
Não vá direto ao local, se informe antes.
Tudo o que for usado de forma
consciente, traz benefícios. Inclusive a internet.