segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Internet, redes sociais e suas "regras"


Brinquei com o nome “regras” no título da postagem. Na verdade, são certos protocolos invisíveis. Atitudes que a maioria faz, mas nem todos falam.
Como disse em publicação anterior (Bullying de ontem, hoje e amanhã), a internet faz parte de nosso cotidiano e precisa ser incluída no contexto da vida. Muitos têm perfil em alguma rede social, o que se tornou uma espécie de vida virtual. E a grande maioria faz uso da internet, que...
Traz com ela, uma porção de pontos positivos, mas apresenta também, um mar de possibilidades negativas. Entre os pontos positivos: encontrar pessoas, empregos, informações, etc.
Apesar, de todos os impedimentos para que não se aja de má fé, qualquer um pode ser “quem” e “o que” quiser na internet. Não há forma de controlar isso, a não ser investigando ou denunciando. Mas, para isso é necessário que alguém pare, observe e investigue. Num primeiro momento, você é o que “aparece” (no perfil, no chat, nos fóruns, etc).
Agora falo por mim, (não há nenhuma comprovação empírica, apenas minha observação) como as redes sociais são vidas virtuais, lá se podem muitas coisas que fora (de lá) são mais complicadas, vou citar algumas delas.

Saber da vida alheia: Vejam, tempos atrás, e nada muito distante, para saber de um amigo, era preciso ir à sua casa ou ligar e perguntar se ele estaria por lá. Corria-se o risco de não ser atendido ou (a pessoa) não estar. Mas, havia interação. Eu falava, perguntava, conversava. Hoje, clico na página dela (e, muitas vezes, não precisa fazer parte de seus contatos) e sacio a fome de saber sobre ela.

O mundo dos “EXS”: Aquele ex-namorado (a), ex-marido (a), ex-chefe, ex-vizinho (a), ex-alguma coisa é vigiado (a) como por um exímio investigador, que nada mais é o dono do perfil na rede social. As relações demoram mais a ter fim, porque aquilo que antes era chamado como término de relação, que implicava em terminar algo com alguém e dificilmente voltar a vê-lo (a) tão rápido, hoje é possível, com apenas um “click”. Não se desvencilha. Continua-se falando, “cutucando”, observando, vigiando, etc. Sem contar nas regras subentendidas: o (a) ex-alguma coisa adiciona a seus contatos todos os familiares e amigos de seu ex-alguma coisa, menos o ex em si. Interessante, não? É tão avançado, que se pode bloquear quem você não quer que saiba de sua existência virtual.

Amigos (contatos): Possivelmente, em algum momento receberá uma solicitação de amizade daquele “amigo” que você nunca vê, ou vê e nem é tão amigo assim. Sem a internet, essas pessoas não seriam vistas, não fariam parte de seu círculo de amizade e você talvez, nem ligaria para elas. Mas, nas redes sociais é outra “regra” subentendida. Aceito o amigo, mesmo não sendo bem-vindo em minha casa virtual. Mas, por quê? Uma das possibilidades que me vem à cabeça: é desagradável mostrar para o mundo que você não aceitou o fulano de tal. Mas, esse item tem seu lado positivo. É provável manter contato com aquela pessoa que mora do outro lado do mundo e que antes, a comunicação era feita à carta (quando se tinha algum endereço). Era preciso sentar, imaginar o que você diria sobre você mesmo (porque hoje, ela não precisa que você informe, apenas vê seu perfil), pensar o que perguntar sobre ela (porque hoje você vê o perfil dela), escrever (e não digitar), ter o endereço de sua casa, ir ao correio e por fim, enviar a carta.

Mostrar fotos: Para que pessoas de seu convívio vissem seu álbum de fotografias da viagem de férias, precisaria da organização de um encontro. Você levava seu álbum e as pessoas desfrutavam do momento. Podia-se também, convidar os amigos para à sua casa, passar algum tempinho com você. Participar de sua vida. Hoje, clico em um dos vários álbuns e conheço um pouco do que o dono do perfil QUER QUE EU VEJA de suas fotos.

Indiretas, diretas e retas: Mais um universo de “regras” subentendidas. Ficou sabendo que pessoas se desentenderam? Antes, usava-se o telefone ou de forma mais atual, o email. Era preocupação. Hoje, se tem as notícias do dia, na página de início, mas não com as do mundo, mas sim de meus “amigos”. E as mensagens cheias de indiretas e diretas. O que acontece? Não falo de determinado assunto ou não converso com beltrano porque talvez, “a patada” seja comigo ou eu já tenha falado algo referente ao que ele esteja reclamando. Pronto! Alastra-se a perseguição.

Enfim, temos muitos itens que poderiam ser citados. Não quero passar a impressão de que não sou a favor da internet. Faço uso também e caso contrário, não escreveria aqui. Acho que a internet e as redes sociais são avanços que merecem admiração. Mas, seu uso deve ser cauteloso e inteligente.
É a morada de pessoas saudáveis, mas também de: pedofilia erótica, abusos de todos os tipos, golpes, criações de perfis falsos, etc.
Vale um espaço aqui: buscar informações na internet é comum hoje. E muitas delas são realmente facilitadoras. Mas, sabendo o que se busca. Questões salutares, autodiagnóstico, automedicação, não trarão benefícios. Pelo contrário! Só fará a angustia aumentar e muitas vezes, com informações errôneas. É importante, sempre consultar um profissional.
Compras: veja a procedência. Não vá direto ao local, se informe antes.
Tudo o que for usado de forma consciente, traz benefícios. Inclusive a internet.

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