sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Depois de tropeços, aprendemos até isso: como cair...

Quem nunca tropeçou na rua e bem tipicamente deu aquela "olhadinha" para o chão com cara de "Nossa o que foi isso?" ou soltou aquela gargalhada de si mesmo? Exceto crianças, que ainda não têm a capacidade de disfarce (pois, isso é frustrante pra elas), quase toda pessoa crescidinha já fez isso em algum momento da vida (MOD- Meus Dados Observados).
Conversando com uma amiga surgiu a indagação: Por que em algumas situações não queremos mais dizer nada e vivemos quase que uma relação alienada com pessoas e objetos?
Pensei: "Talvez, porque depois que tropeçamos, aprendemos até isso: como cair".
Aquele momento em que percebemos que vamos cair, a sensação de rubor no rosto, em câmera lenta indo em direção à queda, a voz como em desenho animado "ooooouuuuuuuwwww nnnnnnããooo aaaaaaííí" e depois de muitos tropeços, você é craque na arte: ajeita o corpo, coloca as mãos na frente e tenta num impulso desesperado amenizar a queda. Certamente, se houver alguém ao lado, perguntará (diga-se de passagem, a pergunta mais óbvia e ridícula): "Tá doendo?". E a resposta (talvez mais ridícula que a pergunta): "Não." Pera lá. É claro que doeu. Sempre dói. Nenhuma queda, batida de braço ou cotovelada passa despercebida. E, por algum motivo, a resposta "Não" é quase que uma tentativa de nos enganarmos, pensando que somos fortes e que aguentaremos firme a dor daquele dedinho que bateu na quina da porta.
(Só mais uma informação falando um pouco sobre as crianças: depois, que a criança já deu seus primeiros tombos e já sabe perceber e responder, é bem comum ver que algumas respondem, antes mesmo da famosa perguntinha: "nem doeu!"). 
Agora, vamos aos tropeços da vida que...
Acontecem e também são dolorosos.
São alguns deles: perdas de todos os tipos, enganações, decepções, saudades...
Mas, dependendo do tropeço, no próximo, suas artimanhas serão mais elaboradas. A dor existirá, a sensação pré-queda também. O plano "B", por fim será usado. Muito provavelmente o tombo ou a "sambadinha" acontecerão. Mas, a forma como lida-se com isso pode mudar (ou não).
Enfim, de forma ou outra, aprende-se a tentar se proteger. Se funciona? Não sei! Pode ser que sim. Como pode ser que tentando nos proteger, nos machuquemos mais. Ou ainda, machuquemos alguém.
É bom percebermos que o plano "B" pode nos ajudar. Que nem sempre o "A" é o ideal. Planos "C" e "D" são alternativos.
Voltando para a possível resposta sobre a pergunta levantada no início do texto... "Dependendo do lugar onde caí, não passarei mais perto dali". Ou seja, "dependendo da decepção que tive, passarei longe de oportunidades que me possam causar tal sentimento". Talvez, "chegue a ignorar por completo ou simplesmente, perca a vontade de me propor a me machucar novamente". Isso é bem diferente de viver evitando a queda. Exemplos: Depois de uma decepção amorosa, voltar a namorar é um modo de saber que posso me machucar (cair), mas que posso tentar me cuidar para amenizar possíveis decepções (tropeços). Já, "quando quero evitar a queda, passo o tempo todo colocando a mão na minha frente e na do outro", tentando evitar o inevitável, em outras palavras, o relacionamento é tratado como uma bomba que pode explodir a qualquer momento. E quase certo: explodirá. Muito controlado. Agora, "se perco a vontade de me machucar novamente ou ainda e não menos importante, se cansei de me levantar, talvez deixe de namorar". O pensamento se torna óbvio para quem o tem: "Nunca mais namorarei e assim, evitarei a queda e suas consequências. Pois, se não namoro, não me decepciono".

2 comentários:

  1. AHhahah! Eu sempre acabo me identificando com seus textos.

    Gente!!! Essa é minha amiga...hehehhe! Se eu falar que tenho orgulho dela é mentira, pois tenho muito mais que isso, tenho é muuuita admiração.

    Sucessoooooooooooooooo sempre para vc.

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  2. Obrigada pelo apoio, carinho e confiança, Ro! E imagino que se identifique, pois faz parte deles!
    Beijos

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